Como se não bastasse à pandemia, as noticias falsas, o terror imposto pela velha imprensa a Natureza mostra sua força descomunal. Não deixa porem de dar um aviso que por sinal não foi devidamente considerado. Afinal não aconteceu de repente. Fazia um bom tempo que chovia. Algumas vezes e em alguns dias de forma torrencial, em outros uma simples garoa. Os locais críticos sempre inundavam e rapidamente a água escorria, pois afinal obras de contenção tinham sido feitas. O que ainda não se sabia era seu limite de resistência. Até que ponto enxurradas descendo do morro teriam vazão suficiente para direcionarem e conduzirem as águas até o ponto desejado sem causarem muitos danos. Então sem praticamente nenhum aviso o Ribeirão começou a transbordar, alimentado pelas águas de uma chuva torrencial que extrapolou em pouco tempo qualquer expectativa. Possivelmente afogado por manilhas insuficientes e mal dimensionadas. Apavorados os moradores locais começaram a sentir que as águas subiam e que invadiam as ruas, subiam até as calçadas, ultrapassavam os muros e invadiram suas casas. Tinha inicio o suplicio de um Natal que dificilmente será esquecido. Bens materiais conseguidos com o esforço de muito trabalho estavam boiando nas aguas barrentas. Três enormes quarteirões de residências foram atingidos. Pessoas acamadas, debilitadas foram retiradas as pressas de seus leitos nos braços de voluntários. Os anjos que chegaram para amenizar o desespero num momento de total agonia. Decisões tomadas de forma muito rápida, umas acertadas outras controvertidas porque o caos tinha enfim se estabelecido. O risco de que as águas subissem além dos padrões de energia impôs limites na coragem de muitos. Salvar a vida e deixar tudo para trás, foi sempre uma decisão difícil. Mas aconteceu. Acordar na madrugada entre gritos e correrias e de repente ser transportado sem alternativas para um local seguro, mas improvisado foi o destino inexorável de muitas famílias. Resta agora começar a vida em um novo ano e levar consigo a lembrança de uma madrugada em que a força descomunal da Natureza invalidou completamente o que a tecnologia de uma infraestrutura insuficiente causou. Surgiram desculpas, explicações, razões e motivos porem, nada pode ser esquecido. Guto de Paula
LICITAÇÕES ILICITAS
Após as visitas da Policia Federal à Prefeitura Municipal de Barreiras, agora o CGU – Controladoria Geral da União e o Ministério Publico Federal entraram em ação e estão possivelmente investigando licitações que implicam tanto o ex prefeito Antônio Henrique como atual prefeito da Cidade João Barbosa de Souza Sobrinho. Essa noticia está viralizando nas redes sociais e já gerou até uma nota rápida de Zito, dando explicações sobre o fato.Licitação tem sido o meio com que gestores procuram beneficiar amigos ou empresas afins com verbas destinadas a obras e ações sociais repassadas pelo governo Federal de forma ilícita. Na realidade uma improbidade administrativa que de vez enquanto cai nas malhas da fiscalização. Alguns prefeitos já se tornaram “honoris causa” e pós doutorados no assunto e foram indiciados ou suspeitos de improbidade por muitas vezes. A Lei e as normas quando burladas geram processos, multas e severas punições. Todavia valores como o que o blog revelou de aproximadamente 700 mil reais se torna para uma prefeitura do porte de Barreiras, apenas um simples troco. Dificilmente o dinheiro da condenação se ela de fato acontecer virá do bolso particular dos prefeitos, mas sim do erário público, ou seja, o nosso dinheiro. Dinheiro suado de trabalho arrecadado por força de pesados impostos. Pagar a multa com dinheiro público passa a ser uma punição dupla e coletiva aos munícipes. A punição exemplar para os gestores que cometem essa improbidade deveria ser muito mais significativa. Passível de cadeia. Mas que fique bem claro que isso deveria acontecer para aqueles que de fato, após a investigação, fossem julgados e condenados.O processo de licitação deveria ser acompanhado e fiscalizado pelos integrantes da Câmara de vereadores eleitos pelo povo. Isso apenas em teoria, porque na pratica a mão do poder que administra a prefeitura se estende inexplicavelmente até a câmara. Sendo assim, a fiscalização é inexistente, fazendo então com que o Ministério Público Federal e o CGU passem a intervir entrando em ação. Resta agora saber se o processo segue o curso e de fato termine em condenação ou como tantos outros, acabe em pizza. A justiça no Brasil cujo espelho é o Superior Tribunal Federal não demonstra a mínima segurança quanto a isso. Uma coisa é bem certa, se a PF investigou e agora o CGU e o MPF investigam é de se supor que onde exista fumaça a possibilidade de fogo é enorme. Guto de Paula