(continuação do capítulo01) … muitos maridos alegam nunca terem pisado seus pés, mas estão mentindo ou tendo muita inveja dos que frequentam o local com muito incidência. Queriam ou não aceitar é um local de trabalho, para quem os recebe e um local de prazer (mesmo fugaz), para os que o visitam. Preços acima da tabela não afastam os aficionados pelo sexo sem compromisso, que mais tarde produz muitos arrependimentos. Mas vamos aos fatos, como eles nesse dia aconteceram. O candidato, tomado de certa euforia, percorria o local visitando todas as mesas. Cumprimentava todas e todos. E muitos dos todos estavam de certa forma surpreendidos e alguns meio sem jeito. Em determinado momento um grupo de moças (eram moças ou um dia no passado foram), começaram a pedir por discurso. Afinal o candidato havia se comprometido que sua equipe, as conduziriam ao Fórum eleitoral para que todas fossem de fato eleitoras sacramentadas. Algo que também era inusitado, pois até então todos os candidatos que conheço ou conheci, não lembro de terem dado atenção a esse grupo de mulheres. Pois bem, o candidato com sua estatura privilegiada (aproximadamente um metro de oitenta), balançando cerca de 25 chaves na algibeira, dirigiu-se ao centro do salão e subiu no tablado onde as strips costumavam mostrar ao público a graça de terem um corpo que muitos dos frequentadores jamais observaram em sua própria mulher. Nesse momento aconteceu silencio total. Todos se concentraram em escutar o que o candidato tinha a dizer. Ao lembrar desse momento, até hoje considero que no fazer político de discurso objetivo e determinante, foi o mais curto que ouvi. Não apenas curto, mas desprovido de qualquer espécie de hipocrisia. Normalmente os candidatos em seu discurso procuram demonstrar que são melhores, mais preparados e totalmente mais detentores de conhecimento, que qualquer outro que na plateia os esteja ouvindo. Em resumo, privilegiadamente diferentes. Ninguém até então se preocupou em declarar que era igual e tão identificado com povo, que se preocuparia em falar na linguagem mais apropriada e sincera para o momento. Do alto do tablado o candidato a deputado federal disparou seu inusitado discurso: – Devido ao ambiente, serei curto e grosso. Uma coisa posso afirmar, se deputado não for, da putada sempre serei! Gritos, aplausos e assovios tomaram conta do local. E por conta do sucesso desse discurso, duas strips subiram ao tablado e realizaram seu trabalho completamente de graça. Seja para agradecer a sinceridade ou por entenderem que foram tratadas com consideração e por respeito a sua profissão. Ou seja, sem qualquer hipocrisia, uma prenuncio de que se fosse eleito, jamais esqueceria delas. (conclusão do capítulo 01) Guto de Paula.
POLÍTICA EM CAPÍTULOS
Capítulo 02 – PATAQUADAS DA IMPRESA O que antes era dado diretamente ao povo, hoje é distribuído nas redes sociais, nos blogs, nos detentores de grupos que fazem agora o papel inverso do convencimento. Político inteligente sabe que não é de bom alvitre brigar com a imprensa. Bolsonaro brigou e mesmo que tenha teimado em persistir, ainda se tornou uma luta inglória, pois em país subdesenvolvido a imprensa passa muitas vezes do quarto para o primeiro poder. E por falar em imprensa, vou relatar um fato bem interessante ocorrido em jornal local. Aconteceu após a OLVEBASA ser inaugurada e dar o primeiro grande passo para o potencial agrícola que existe hoje. Essa grande indústria não foi de fato a pioneira pois o frigorífico FRIGOMAP já explorava o potencial bovino da época. Foi então que Kincão, fotografo consagrado resolveu editar um jornal e passou a fazer toda a espécie de críticas possíveis. Elogiando seus colaboradores e deitando a lenha nos desafetos. Baltazarino era um de seus alvos preferidos. Seu saco de pancadas. A OLVEBASA havia colocado em prática o sistema de leite de soja, uma inovação que era conhecida como “leiteira mecânica”, ou coisa parecida maios ou menos similar a isso. O jornalista se apaixonou pelo projeto e na folha de capa colocou a foto de uma enorme vaca. Escrevendo abaixo que o problema da falta de leite na cidade estava resolvido. Foi então que o saudoso jornalista Ruyter Carraro, observou a foto em suas minúcias e descobriu que se travava de um boi. A dita vaca tinha um “culhão” enorme. A imprensa local, nessa época também engatinhava em sua proposta. E continua engatinhando nos dias de hoje, sem considerar o que é notícia e o que é pura narrativa. Quem sabe unir letras, construir frases e arriscar completar uma oração já é jornalista. Toma partido e sai postando as barbaridades de sempre. Não leram nem adquiriram conhecimento sobre sua função, mas querem ser lidos e remunerados pelo que produzem. E creiam, os políticos pagam. Remuneram aqueles que mesmo sem contribuir, por ficarem calados, presos na sua insignificância e sua costuma ausência de ética, se tornam vantajosos. Isso já acontecia antes e nada mudou nos dias de hoje. Foi assim que um dia deparamos na sala de edição com uma manchete que dizia em letras garrafais. CLÉRISTON PASSOU PARA O SUBMUNDO DOS JUSTOS. Acredito que estava se referindo ao acidente aéreo que ceifou a vida do pré-candidato a governador pelo Estado da Bahia. O autor dessa pérola era o “jornalista” Oliveira, que logo foi embora e não deixou saudades. (acesse isaofrancisco.com.br para acompanhar a sequência de todos esses capítulos)Guto de Paula