Nesse inicio de conversa vamos nos ater as contradições barreirenses, essas que nos são impostas no dia a dia e por qualquer sintoma que nos torna letárgicos ou praticamente anestesiados, vamos levando a vida sem muito nos preocupar. Olhamos hoje nossas avenidas principais totalmente iluminadas por estrelas brilhantes, anjos alados tocando trombeta e tudo que é supérfluo ostentando em profusão de luzes e cores. No entanto as passarelas de segurança para pedestres continuam com as cores apagadas. Risco de acidentes e atropelamentos para quem não conhece a cidade e passa de viagem pelo centro da cidade. O supérfluo ostentado e importante apagado. Reconhecemos também que em matéria de infraestrutura, essa cidade tão feia e tão esburacada tomou uma nova e promissora aparência. Dessa que nos faz dizer que antes “Dele” era assim. Depois “Dele” ficou bem melhor. Que bom seria se na Saúde, na Educação também fosse possível dizer na mesma coisa com a mesma ênfase. Ficamos pasmos também com o poder administrativo que não se contenta com o que recebeu através de voto para administrar a prefeitura e também a Câmara com mão de ferro. E para isso, não sei de ninguém que tenha votado a favor de tamanha extensão de poder. Isso é o que surpreende a todos, mas não convence a Policia Federal que já fez duas singelas visitas, querendo saber para onde foi o que deveria ser nosso. Observem quanto a Natureza detém a força e a capacidade de nos ministrar constantes aulas e demonstrar que sua força hercúlea destrói em poucos minutos até as narrativas falsas. Essas de um asfalto com pavimentação perfeita que justifica o grande investimento declarado. Em pouquíssimos minutos de chuva torrencial e as ruas voltam a ficarem esburacadas. Diga-se de passagem, por conta da chuva e por providencial obra de desmantelamento da EMBASA, que qualquer dia pode ser contratada por países fundamentalistas muçulmanos, tamanho é o seu poder de destruição. E assim, ou mais ou menos assim transcorreu esse ano com as contradições de sempre e com as novas que a dita pandemia gerou. Bem do tipo repressor e controlador que proíbe que médicos falem a verdade e permite aos jornalistas serem cientistas. Quando processos de controle procuram cercear lentamente nossa liberdade, não podermos imaginar que o novo ano seja melhor porque se prepara lentamente para ser bem diferente. Possivelmente de cores mais novas, mais rubras e mais atuantes e se nos dermos conta já estaremos a sétima ou oitava dose da vacina. Letárgicos como sempre. Guto de Paula
CHUVAS TORRENCIAIS
Como já diziam os antigos: fogo de morro a cima e água de morro a baixo são incontroláveis. Barreiras sofre hoje a fragilidade de uma infraestrutura que até então foi desconsiderada. A consequência recaiu sobre alguns setores da cidade que historicamente foram sempre críticos. Difícil imaginar que na terra do Sol pessoas fossem desabrigadas por excesso de chuvas e mais uma vez os antigos detém a razão que com a Natureza não se brinca. Aqui duas coisas foram desconsideradas, a primeira é a força com que as aguas que descem os morros em torno na cidade tomaram mais velocidade com auxilio das ruas pavimentadas. A segunda é a enchente do Rio Grande depois de assoreado pela construção de uma ridícula Baia de Guanabara. Mas enfim, apesar dos pesares estamos infinitamente melhores que as cidades alagadas do litoral baiano. No entanto é preciso considerar que tudo ou boa parte disso tudo fosse amenizado com a construção de um canal ao pé do morro que contivesse as águas em situações atípicas como essa. Todavia, como acontece com esse vigor de dez em dez anos, ou em períodos ainda mais esparsos, outras prioridades são consideradas. Essa obra que poderia circundar os morros em volta da cidade é extremamente cara, dificilmente será construída por uma única gestão. Digno de nota é considerar que a cidade cresceu muito em poucos anos. Na verdade inchou muito e foi se estendendo sem uma infraestrutura planejada. A medida que cresce, aumentam os problemas. Mesmo tendo a frente das ações um engenheiro civil que transformou a cidade e conseguiu pavimentar os locais mais improváveis, também realizou obras de drenagem que se não tivesse sido realizadas, as consequências das chuvas torrenciais de hoje seriam infinitamente piores. Temos que considerar que nessa gestão medidas foram tomadas, porem ainda insuficientes para conter a força da Natureza em sua totalidade, em momentos como esse. Nosso ano típico se estabelece praticamente com seis meses de prováveis dias de Sol e outros seis meses de prováveis dias de chuva. Quando um desses fatores resolve mostrar sua força, sofremos com as consequências. Tudo em excesso é sempre prejudicial. Seja na Natureza, nas questões sociais, na politica e até em situações individuais. Vamos então torcer, para o retorno do equilíbrio e pensar que depois da tempestade sempre haverá de acontecer a bonança. O homem pode ser forte, mas a Natureza é poderosa. Guto de Paula
CONSEQUENCIAS DO DESCASO
Como se não bastasse à pandemia, as noticias falsas, o terror imposto pela velha imprensa a Natureza mostra sua força descomunal. Não deixa porem de dar um aviso que por sinal não foi devidamente considerado. Afinal não aconteceu de repente. Fazia um bom tempo que chovia. Algumas vezes e em alguns dias de forma torrencial, em outros uma simples garoa. Os locais críticos sempre inundavam e rapidamente a água escorria, pois afinal obras de contenção tinham sido feitas. O que ainda não se sabia era seu limite de resistência. Até que ponto enxurradas descendo do morro teriam vazão suficiente para direcionarem e conduzirem as águas até o ponto desejado sem causarem muitos danos. Então sem praticamente nenhum aviso o Ribeirão começou a transbordar, alimentado pelas águas de uma chuva torrencial que extrapolou em pouco tempo qualquer expectativa. Possivelmente afogado por manilhas insuficientes e mal dimensionadas. Apavorados os moradores locais começaram a sentir que as águas subiam e que invadiam as ruas, subiam até as calçadas, ultrapassavam os muros e invadiram suas casas. Tinha inicio o suplicio de um Natal que dificilmente será esquecido. Bens materiais conseguidos com o esforço de muito trabalho estavam boiando nas aguas barrentas. Três enormes quarteirões de residências foram atingidos. Pessoas acamadas, debilitadas foram retiradas as pressas de seus leitos nos braços de voluntários. Os anjos que chegaram para amenizar o desespero num momento de total agonia. Decisões tomadas de forma muito rápida, umas acertadas outras controvertidas porque o caos tinha enfim se estabelecido. O risco de que as águas subissem além dos padrões de energia impôs limites na coragem de muitos. Salvar a vida e deixar tudo para trás, foi sempre uma decisão difícil. Mas aconteceu. Acordar na madrugada entre gritos e correrias e de repente ser transportado sem alternativas para um local seguro, mas improvisado foi o destino inexorável de muitas famílias. Resta agora começar a vida em um novo ano e levar consigo a lembrança de uma madrugada em que a força descomunal da Natureza invalidou completamente o que a tecnologia de uma infraestrutura insuficiente causou. Surgiram desculpas, explicações, razões e motivos porem, nada pode ser esquecido. Guto de Paula
LICITAÇÕES ILICITAS
Após as visitas da Policia Federal à Prefeitura Municipal de Barreiras, agora o CGU – Controladoria Geral da União e o Ministério Publico Federal entraram em ação e estão possivelmente investigando licitações que implicam tanto o ex prefeito Antônio Henrique como atual prefeito da Cidade João Barbosa de Souza Sobrinho. Essa noticia está viralizando nas redes sociais e já gerou até uma nota rápida de Zito, dando explicações sobre o fato.Licitação tem sido o meio com que gestores procuram beneficiar amigos ou empresas afins com verbas destinadas a obras e ações sociais repassadas pelo governo Federal de forma ilícita. Na realidade uma improbidade administrativa que de vez enquanto cai nas malhas da fiscalização. Alguns prefeitos já se tornaram “honoris causa” e pós doutorados no assunto e foram indiciados ou suspeitos de improbidade por muitas vezes. A Lei e as normas quando burladas geram processos, multas e severas punições. Todavia valores como o que o blog revelou de aproximadamente 700 mil reais se torna para uma prefeitura do porte de Barreiras, apenas um simples troco. Dificilmente o dinheiro da condenação se ela de fato acontecer virá do bolso particular dos prefeitos, mas sim do erário público, ou seja, o nosso dinheiro. Dinheiro suado de trabalho arrecadado por força de pesados impostos. Pagar a multa com dinheiro público passa a ser uma punição dupla e coletiva aos munícipes. A punição exemplar para os gestores que cometem essa improbidade deveria ser muito mais significativa. Passível de cadeia. Mas que fique bem claro que isso deveria acontecer para aqueles que de fato, após a investigação, fossem julgados e condenados.O processo de licitação deveria ser acompanhado e fiscalizado pelos integrantes da Câmara de vereadores eleitos pelo povo. Isso apenas em teoria, porque na pratica a mão do poder que administra a prefeitura se estende inexplicavelmente até a câmara. Sendo assim, a fiscalização é inexistente, fazendo então com que o Ministério Público Federal e o CGU passem a intervir entrando em ação. Resta agora saber se o processo segue o curso e de fato termine em condenação ou como tantos outros, acabe em pizza. A justiça no Brasil cujo espelho é o Superior Tribunal Federal não demonstra a mínima segurança quanto a isso. Uma coisa é bem certa, se a PF investigou e agora o CGU e o MPF investigam é de se supor que onde exista fumaça a possibilidade de fogo é enorme. Guto de Paula