Eternizado na letra da música de Rita Lee (Amor e Sexo), Arnaldo nos deixa. Porém deixa um legado inestimável de obras literárias e cinematográficas de uma genialidade e criatividade, impar.
Sua visão de mundo extraordinária, refletida em seus textos de uma constante ironia e um delicioso bom humor, tornava tudo prazeroso. Ler Jabor, assistir suas obras cinematográficas, seu trabalho jornalístico sempre foi e continuará sendo através dos tempos, um referencial produzido pela inédita forma de observar o mundo. O mundo de reflexões inéditas.
Suas crônicas e seus comentários sempre pertinentes, demonstravam uma iluminada percepção das vicissitudes humanas. Das fraquezas e virtudes, dos vícios e manias, dos conceitos e preconceitos. Jabor foi um mestre. Não será esquecido.
A genial letra de um poema que se transformou em sucesso na interpretação de Rita Lee, traduz de forma inédita, as complexidades do Amor e do Sexo. Algo que considerei impensável mais que fluiu nessa obra com uma clareza de percepção e tradução invejável.
Jabor brincava com palavras no mundo das ideias, das fraquezas e virtudes que assolam a humanidade.
Depois de 81 anos brilhando, Arnaldo Jabor se tornou mais uma estrela no firmamento. Afinal, brilhar para ele, sempre foi algo normal e corriqueiro. Acredito até que sempre foi uma estrela e que nos concedeu brilho por todos esses anos e agora volta ao seu lugar de direito.
Guto de Paula