Em ano político se torna muito comum que gestores passem a construir Postos de Saúde em seus municípios, obras que necessariamente não precisam ser concluídas, pois o objeto é demonstrar a mesma falsa preocupação com a saúde.
Em São Desidério, em 12 de setembro de 2023, duas unidades, uma em Estiva e outra em Tangará, estão sendo construídas e dificilmente uma delas será entregue a população. Todavia, qualquer pessoa com um pouco de imaginação, sabe que não basta contar com um posto de saúde se ele não estiver completamente equipado de todo material necessário, inclusive com equipe de paramédicos disponíveis nas vinte e quatro horas do dia.
Equipar o posto de saúde com médicos, especialistas, remédios, equipamentos é a questão principal, que poucas vezes acontece, pois essa é a parte mais onerosa. O prédio em si não representa a maior e a mais significativa despesa.
As obras estão em atraso, grande surpresa é estarem orçadas em R$ 1.409.778,40, segundo as placas de apresentação das obras, de uma forma muito peculiar. O correto seria expor as placas com valores discriminados, como R$ 704.889,20 para uma e o mesmo valor para outra.
Aproximadamente a obra de Estiva que está visivelmente sem condições de ser entregue antes do final da campanha, tem uma área construída de 480 metros quadrados. Basta calcular ou pesquisar qual é o valor do metro quadrado de uma obra em São Desidério, em 12 de setembro de 2023, para saber se esse valor é exorbitante ou condiz com a realidade do que está exposto nas placas.
Leitor, faça esse exercício pois segundo consta, quem paga por essas obras é o imposto arrecadado do povo. Existe também a possibilidade de que pensando na economia de tinta, fazer uma placa única para as duas obras, seria muito mais prático e econômico. Será que foi isso mesmo?
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação