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POLITICA EM CAPÍTULOS

(continuação do capítulo 01)
A ideia era fazer com que as moças da casa noturna, em número aproximado de dozes profissionais do sexo, estivessem convencidas a acreditar no candidato e estarem dispostas de unir o útil ao agradável no decorrer de seu trabalho. (não exatamente nessa ordem).

Para tanto, conhecer o candidato e suas propostas se tornava um fator determinante. Inclusive aproveitar o momento para panfletar os sanitários femininos e masculinos com o nome do candidato. Até a altura de quem usaria o sanitário foi considerada. Ou seja, para os usuários locais, cerca de um metro e sessenta e cinco, para os sulistas, certa de um metro e oitenta.

No ato do alívio, o futuro eleitor estaria obrigatoriamente olhando para o adesivo com o nome do candidato. Isso reforçaria o convencimento da profissional que o atendesse e reforçasse essa ideia. Possivelmente com promessas de saliências mais picantes.

Pois bem, no dia marcado o candidato e sua equipe de campanha chegaram ao Executivo Bar, mais conhecido como “quebra gaúcho” e foram recebidos com calorosa recepção por parte das moças de vida fácil. Se bem que vida fácil é só força expressão, pois encaram cada situação e cada indivíduo, que até a mãe deles rejeitaria.

Se relato com tantos detalhes esse episódio é por que estava inserido nesse grupo de campanha e o que vou contar, vivi pessoalmente. De antemão já aviso que para descrever o acontecido o leitor terá que se desvencilhar de seus conceitos de pudor, pois só descrevendo literalmente o que aconteceu, sem trucar ou substituir palavras o efeito desejado acontecerá na sua forma original.

Oportuno lembrar que o candidato estava promovendo uma revolução na condução de sua campanha. Tanto se deslocando para municípios vizinhos como promovendo micros discursos por toda a periferia da cidade. O discurso na época, tinha o poder de convencer ou decepcionar muita gente. Hoje se vota em quem nem abre a boca. Ou quando abre só fala besteira.

Nos dias de hoje a mídia faz esse papel e leva para o povo uma imagem distorcida de seu candidato, transformando lobos em ovelhas, analfabetos em doutores, oportunistas em cidadãos comprometidos com o povo.

Triste é saber que o povo tem consciência de que o que está sendo exposto na mídia eleitoral das campanhas, não corresponde a verdade. Os que estão no poder mostram suas obras e lembram de atitudes assertivas que foram produzidas no mandato. Os que estão fora do poder só fazem promessas e tentam convencer o eleitor que se fossem eleitos fariam tudo mudar. E alguns até fazem, só que para pior.

Voltando ao dia dessa ilustre visita de um candidato a deputado federal em local tão inusitado… (continua no próximo capítulo)

Guto de Paula

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