(continuação do capítulo 01)
Com certeza com colaborações ilustres, pois em tempos de “coronelismo”, a vontade do povo fica em segundo plano. Isso, ninguém me contou, pois na contagem de votos desse ano eu era um dos escrutinadores convocados pela Justiça Eleitoral. As urnas que chegavam das zonas eleitorais eram empilhadas no salão e conforme o trabalho evoluía eram abertas e conferidas. No início da noite tudo ocorria com normalidade, mas de repente a energia foi deligada e a escuridão tomou conta de todo o prédio.
Então, a eleição que estava praticamente configurada para determinado candidato, começou a entrar em declínio, quando a luz voltou e as maletas de urnas foram reabertas. Escutei alguém gritar!
– O Bezerro berrou! E então para surpresa geral o milagre aconteceu.
Considerando essa suposta volta triunfal, muita gente nos dias de hoje afirma que o prefeito atual, pensou da mesma maneira. Pode até ser, mas como se explica que sua conduta em levar Otoniel pelo braço por todos os lugares onde obras foram concluídas, demonstra que quer perder essa eleição?
Isso em tempos passados, nunca foi a postura de um prefeito que pretendia fazer um sucessor. Pois apenas determinada um nome, colocava uma foto em conjunto, participava de discursos e comparecia em algumas reuniões. O resto ficava por conta do desempenho pessoal de seu candidato. Hoje a coisa ficou diferente. Zito quer Otoniel ocupando sua cadeira e quem duvida disso, está completamente enganado.
E agora soube de uma decisão da justiça eleitoral (escrevi em minúsculo porque cada dia que passa, acredito menos em decisões judiciais), ficou expressamente proibida aliar a figura do prefeito atual com seu candidato. Toda a mídia impressa precisa ser alterada.
No entendimento do juiz isso é ilegal. Momento então em que pergunto ao mesmo, se o atual prefeito não detivesse o prestígio que Zito tem, se fosse um “zé arruela” tentando promover seu candidato, isso seria ilegal? Consideraria ilegal o prefeito sem prestigio lutar pela vitória de seu candidato e aparecer ao seu lado em toda mídia expressa?
Novamente recordando o passado, lembro do dia em que era necessário levantar dinheiro vivo para alimentar a “boca de urna” e o Tribunal Eleitoral que ainda era mais ou menos sério, tinha identificado a estratégia e proibida a rede bancaria de descontar cheques com valores vultuosos.
(acesse isaofrancisco.com.br para acompanhar a sequência de todos esses capítulos)
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação