(Capítulo 05 Episódio 1) – OVNIS VISITANDO O NEGO D’ÁGUA
Só não revelo o dia exato em que o fato aconteceu, mas posso afirmar que foi na década de 90, em um dos dois mandatos do Prefeito Saulo Pedrosa.
Ocupava então o cargo de chefe de jornalismo da RB 790, a famosa Rádio Barreiras que na época disputava com a TV Oeste, grande parcela de audiência. Na sala de jornalismo crepitava por 24 horas seguidas o infernal teletipo.
Essa geringonça produzia dezenas de metros de papel, com notícias do Brasil e do mundo. Aproveitávamos o que era mais interessante e descartávamos o que fosse considerado supérfluo ou irrelevante. A maioria era.
A direção da emissora estava praticamente focada em assuntos locais, pois os demais possivelmente estariam a cargo da televisão, ou das emissoras da cidade que não dispunham de condições técnicas para coletar notícias.
Começo a contar essa história pelo teletipo, pois foi por onde a comprovação desse episódio pode ter recebido um pequeno relance de comprovação. Digo pequeno, pois em se tratando de assuntos dessa natureza, as dúvidas e as contradições estão sempre intrínsecas.
Mas vamos aos fatos. Tudo aconteceu certa noite de lua cheia, a beira do Rio Grande, em frente ao tradicional bar “Nego D’água”, que anos depois sob nova administração passou a ser Trapiche. Um local aprazível, possivelmente ainda nos dias de hoje, considerado como o melhor da cidade, caso seja aproveitado.
A administração do referido bar se posicionava em um trailer na região mais alta do lote. Um declive natural com alguns patamares, permitia aos usuários posicionarem-se em ambientes diversos.
O derradeiro deles estava localizado próximo as margens do rio. Se me recordo um barco naufragado e parcialmente destruído, compunha esse quadro de aspecto bucólico.
Esse era o local preferido dos usuários que pretendiam melhor privacidade. Seja por isso, que a famosa “Esquadrilha da Fumaça”, composta por jovens barreirenses adeptos da “queima da palha”, curtiam sua lombra.
Nessa noite, bem próximo ao início da madrugada, deparam-se com uma visão inédita. Surgira de repente. Tinha a forma de um enorme prato fantasmagoricamente iluminado. Uma luz intensa com uma tonalidade inédita e desconhecida que pairou no ar por alguns segundos.
Em velocidade impressionante deslocou-se até próximo a torre da Igreja e em segundos reapareceu na direção da saída da cidade e finalmente sumiu.
(continua no próximo episódio)
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação