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POLÍTICA EM CAPÍTULOS

(Capítulo 02 Episódio 5) – PATAQUADAS DA IMPRESA

Marcelo Ferraz que ainda nos dias de hoje milita em emissora de rádio, participou de muitas dessas “pataquadas”. Certa vez em entrevista com Betinho, prefeito de São Desidério, resolveu dar uma apimentada provocativa no folclórico prefeito.

– Prefeito, muito bom dia! Como vai a Cuia? Ele sabia de antemão que Betinho não gostava nada que se referissem a São Desidério como “A Cuia”, devido a cidade estar edificada no fundo de um vale.
Betinho, brejeiro escolado, poderia não dominar a língua portuguesa com desenvoltura, mas sabia responder ofensas na altura devida e queimou em seguida:
– E Barreiras que é um Cunhão maior ainda, como vai?
Marcelo engoliu em seco e mudou o teor da conversa. Para quem não conhece Barreiras ela em sua grande extensão também foi edificada no berço de um vale.

A coisa acontecia mesmo assim ou assado, pois não é que um antigo locutor de rádio informou as horas dessa forma:
– São exatamente seis horas e sessenta minutos, nosso programa continua com você. Muita gente desligou o rádio.
Contudo, a RB 790 a antiga Rádio Barreiras, não vivia apenas de locutores de vozes possantes, tipo aqueles que anunciam os produtos da Loja Paraíba, na entrada da loja. Mantinha pessoas ilustres como Gilmar Azevedo, Gerson Carioca (antes de se levar pela manguaça), essa personagem que fez história no ambiente radiofônico de Barreiras pelo seu aprimorado gosto musical, hoje perambula pelas ruas, esquecido e escanteado.

Gerson não era carioca porque desconheço alguém que nasceu do “interiorzão” de Goiás, lá pelas bandas de Ceres se dizer filho do Rio de Janeiro, todavia foi um excelente locutor. Guilherme que o diga.
Quando o falecido Everaldo Jorge, ocupando o cargo de diretor da rádio, me autorizou a gravação do primeiro “Salute Barreiras”, montei a equipe de reportagem com Berê Brasil, Cleber Vieira e Gerson Carioca. Berê e Cleber, percorreram Barreiras em busca de entrevistas com personagens notáveis. Pessoas que viveram no tempo em que Barreiras dava seus primeiros passos.

Gerson fazia a locução e eu editava e escrevia os textos que encabeçavam as entrevistas. Foi quando essa equipe conseguiu localizar a parteira que ajudou a trazer ao mundo o ilustríssimo doutor Eustáquio Boaventura. Ela comentou:
– Menino grande, cabeçudo. Deu um trabalho danado pra gente.

(continua no próximo episódio)

Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação

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