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PAZ E GUERRA

Considerando-se que fazer alguém chorar é muito mais fácil que fazer rir, promover a paz e harmonia será imensamente mais custoso que promover discórdia e iniciar uma guerra.

Embora a guerra não seja boa para nenhuma das partes envolvidas, os desejos de conquista, vingança, interesses políticos, religiosos e financeiros se sobrepõem a razão e mesmo com terríveis consequências, eclodem então em conflito.

A paz individual requer profundo conhecimento de si mesmo. Reconhecendo falhas, fraquezas e deslizes. Conhecendo seu tamanho, suas probabilidades, seu potencial e medindo suas atitudes. Enfim, exercitando e promovendo harmonia entre os defeitos e as virtudes.

Os que promovem uma guerra quase nunca participam pessoalmente do conflito. Muito pelo contrário, posicionam-se em segurança e movem a distância seus exércitos, como jogadores de xadrez. Só aparecem do front de batalha quando o domínio de suas forças sugere segurança absoluta.

O povo, transformado em guerreiros de última hora é que estão fadados tanto a destruir como a serem destruídos. Em resumo, a massa de manobra motivada até por uma bandeira ou vítimas de uma lavagem cerebral adestradora que por ideologia ou pura estupidez os impele para o confronto. Sempre massa de manobra, perfeitos heróis sem causa.

Seja no Oriente Médio, na África ou qualquer outro recanto do planeta, sempre explode quase que diariamente uma batalha. Desde que o mundo é mundo nunca convivemos com a plenitude absoluta da Paz. Convivemos com guerras urbanas, com ações beligerantes de traficantes, com ataques de tiranetes que pretendem incendiar o mundo e acabamos convivendo com a ameaça aterradora de uma Guerra Atômica.

Evoluímos através do tempo, de pedaços de pau, lanças, flechas, espadas, armas de fogo, mísseis para ogivas nucleares. Tudo em função da Ciência. A mesma que em laboratórios fabrica vírus, vacinas experimentais, testes duvidosos, antídotos com efeitos colaterais e remédios que não deixam de serem drogas. Até deixamos para trás os genocídios ativos para os genocídios passivos em que o próprio povo caminha para o patíbulo por pura convicção.

Guto de Paula

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