Gilberto Gil que gosta muito dessa palavra diria: permeia no ambiente político coisas que Deus duvida. Onde os postos de combustível estão em festa. Tem gente corrupta e inteligente que recebe o vale, abastece o tanque e ainda pede para lavar o para-brisa, mas vota ao contrário. Dias atrás com apenas dez reais no bolso não arriscaria chegar a tanto.
Tem corrupto idiota que faz o mesmo, mas vota a favor. Enfim, nada do que ocorreu antes e continuará acontecendo onde muita gente que vota é tão desonesto quanto o candidato que quer eleger.
A ilegalidade corre de ponta a ponta, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Tem início no eleitor ignorante, passa pelo mais politizado e chega até a arapuca eletrônica que absorve a mensagem e faz como quem toma café batizado e arrota cuscuz. A misteriosa caixa transforma tudo. Já fez antes e continuará fazendo enquanto o Senado se acovarda e se submete ao judiciário ditador.
O candidato se elege com a maioria de votos dos desempregados e por quatro anos consecutivos mama as custas do Estado, sem qualquer compromisso com o eleitor que previamente iludiu.
Paralelo a isso tudo ocorrem a divulgação de pesquisas, cujo único objetivo é enganar o eleitor. Algumas nem se preocupam em colocar em discussão a totalidade dos candidatos, outras são tão desencontradas com a realidade, que nem a volúvel justiça eleitoral se preocupa com elas.
Criticar certos eleitores por sua ignorância ou certos candidatos por sua vida pregressa é menos importante que admitir passivamente a barbaridade da eleição ser um ato administrativo e a conferência de votos um ato público, não mais existir. O STF e seu puxadinho STE, estabelecem que meia dúzia de funcionários públicos, fechados em sala secreta, decidam a eleição que os dados defecados pela arapuca eletrônica cuspiram.
Justificando a máxima de José Dirceu que disse: “eleição não se ganha, eleição de toma!”
Não há, portanto, que esperar por honestidade se tudo já nasceu na ambiência da corrupção, desde sua origem.
Guto de Paula