Mais uma campanha chegou ao fim e como sempre agradou a alguns e decepcionou outros tantos. No entanto, quando se trata de ocupar o cargo mais almejado, sem dúvidas, a maioria venceu. Todavia, na disputa das cadeiras da Câmara Municipal, a injustiça do sistema ainda continua, pois não é ainda a quantidade de votos que elege o edil, mas sim o potencial de votos do partido que determina a vitória.
Esse disparate, difícil de aceitar em um regime que se diz democrático, continua permitindo que a quantidade das preferencias populares seja menos prezada, ou melhor, desconsiderada.
Os verdadeiros representantes do povo não são escolhidos pela maioria dos votos conquistados, mas sim por um conjunto intrincado de regras determinadas pelo sistema que despreza a preferencia popular e que permite de forma injusta que algumas vezes o insignificante sobrepuja a significado.
Observando que todos os partidos através de seus candidatos em momento de campanha defendam a mesma trindade batida em prosa e verso que é a segurança, a educação e a saúde, como propostas fundamentais, porque a existência dessas regras tão injustas?
Será então que número excessivo de partidos, com as mesmas propostas básicas não necessitaria ser revisto? Apenas como exemplo, o PMB- Partido da Mulher Brasileira recebe votos de homens, o PT – Partido dos Trabalhadores elege seus candidatos com os votos de milhões de desempregados. Isso revela que a sigla partidária é um engodo ideológico sem sentido definido, cujo único objetivo é gerar mais custos para a nação.
Nas cidades do interior em sua imensa maioria, o voto é dirigido primeiro ao candidato, por resultado de observação de sua vida pregressa, de sua postura social, de sua capacidade administrativa e tantos outros fatores que fazem com que o partido receba a ultima atenção.
Embora as inúmeras siglas partidárias determinem situações que supostamente almejam atenção para determinado setor, todos só alcançam a preferencia popular, falando de saúde, educação e segurança, pois sem isso não recebem a confiança do eleitor. As demais propostas ficam em segundo plano e muitas vezes são completamente desconsideradas, quando alcançam seu objetivo.
É preciso considerar que as necessidades da massa são basicamente as mesmas. Quem trabalha, produz, gera emprego, contribui na produção de divisas, pouco se preocupa com saúde, educação e segurança, pois sua condição de vida está em um nível muito superior.
O partido é tal qual o cavalo em rodeio, o montador que permanece por oito segundos vence, o restante, cai, fica machucado, sofre escoriações e pode ter ossos quebrados e mesmo assim insiste que na próxima vez vai dar certo.
E como água mole em pedra dura, tanto bate que de repente fura, a persistência do candidato é premiada com o sucesso. Tudo isso porque o cabide de emprego mais cobiçado e melhor remunerado é ainda a conquista do cargo político.
Guto de Paula