Costuma-se dizer que participar ativamente da política é o mesmo que entrar na lagoa e passa a engolir sapos. A expressão não é exagerada nem está fora de contexto, pois nos meandros da política e da forma como ela está desenhada, não existe nenhum exagero, pois em algumas situações, engolir sapos será o mínimo das situações que podem inevitavelmente acontecer.
O assunto sendo analisado por esse suposto aspecto revela o imenso sapo cururu que Alkmim, no desejo de poder está se submetendo.
FHC e Ciro Gomes já encaram o mesmo e está difícil digeri-lo. Passado o primeiro turno, tanto a esquerda quanto a direita passaram a engolir seus sapos mais próximos e mais afins. Coisas da politica! Uns em dose homeopática e outros abocanhando sem qualquer sentimento de arrependimento.
A desenvoltura que a ausência de caráter produz em certos políticos é deveras impressionante.
Representam muitas vezes aquela massa de modelar ou mesmo a famosa “geleca”, que por mais que se tente não se consegue estabelecer uma forma reconhecida. A aparência será sempre muito próxima de uma defecada mole e pastosa.
No momento em que a velha imprensa desatrelou-se dos compromissos com a verdade, se torna difícil imaginar o que no futuro será postado sobre as posturas ridículas e interesseiras que muitos políticos tomaram. A forma desavergonhada como partiram de um extremo para outro, sem qualquer contemplação com os compromissos firmados como o povo.
Esse é o atual desenho da política brasileira e de seus atores “transformes”, que no momento de uma decisão inusitada pensam em seu próprio umbigo e esquecem-se do ultrapassado discurso coletivo. Aquele que gerou confiança e se transformou em votos.
Engolir sapos é o mínimo dos problemas…
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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