Segundo Aurélio hipocrisia é um substantivo feminino, que corresponde a afetação duma virtude, dum sentimento louvável que não se tem. Também é uma impostura, fingimento, simulação, falsidade e por último uma falsa devoção.
Fora as questões políticas em seus meandros de intenções a hipocrisia é praticada em quase todos os velórios, nas entregas de premiações e nos discursos elogiosos de exagerado teor emocional.
Em proporções maiores ou menores a hipocrisia está quase sempre ao nosso lado e até em certos momentos, praticada por nós mesmos. Afinal são somos perfeitos.
As proporções que a hipocrisia tem dominado a mídia tradicional são de certa forma, incomensuráveis. Aliada, as mentiras, as narrativas falsas, as declarações pífias a hipocrisia está tomando conta cada dia mais de nossas vidas. Até quando escutamos um: “bom dia!” e temos a leve impressão que do fundo seria: “se lasque!”. Mas não é sempre. Ainda bem, pois determinados “bom dia!”, correspondem a um sincero cumprimento afetivo.
Sinal então, de que nada ainda está totalmente perdido. Basta que a gente tome uma vacina contra a hipocrisia. Que consiste em um combinado de reflexão crítica, ministrado em pequenas doses de bom senso, adicionando doses cavalares de caráter, dignidade, hombridade e de todas as virtudes indispensáveis aos seres humanos que se dizem pessoas do Bem.
Mesmo assim a exemplo dessas vacinas experimentais, não nos tornaremos imunes, mas diminuiremos consideravelmente seus efeitos malignos. Tendo ainda a vantagem de recebermos inúmeras e infindáveis doses, sem qualquer contra indicação.
Pela hipocrisia conveniente somos obrigados ou induzidos a aceitar as notícias mentirosas da mídia, os crápulas que querem continuar do poder, decisões sumarias de uma justiça injusta, a incompetência produtiva do Estado, as tratativas criminosas de nosso legislativo e ao crédito concedido pelos Institutos de pesquisa que, quanto mais erram, mais pretendem nos convencer.
A hipocrisia é uma sombra que nos acompanha e que por vezes nos faz rir de piadas sem graça. Como disse antes, não somos perfeitos.
Guto de Paula