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ACORDOS E DESACORDOS

Na política baiana o que se explica dificilmente se justifica. Isso acontece também em outros estados brasileiros. Seja por isso que se costuma dizer que a política é muito dinâmica, inconstante e em eterno movimento.

Porem cabe à reflexão de que essa prática de não cumprir nem compromissos nem acordos não se trata exatamente de política, mas sim de politicagem.

Começam pelas promessas de campanha. Mirabolantes, apaixonantes, mas dificilmente levadas a termo. Acordos que não se sustentam e traições sempre constantes. Seja porque o individualismo impera e o coletivismo dificilmente se sustenta. Terminam nas traições que sempre permeiam as ações dos poderosos.

No apego doentio pelo poder, pela manutenção dos privilégios e pela perpetuação, de um mandato, companheiros, amigos e gente muito próxima são deletadas, escamoteadas e deixadas para trás. Acontece até a probabilidade de que na futura campanha, tudo volte ao normal, que os excluídos de hoje voltem a se abraçar, comungar e compartilhar os mesmos propósitos. Enfim vergonha, ausência de caráter em questões de politicalha, são muito comuns. Engolir sapos é um fator indispensável nos meandros políticos.

Prevalecem sempre os interesses maiores e a prática conhecida do “boi de piranha” será sempre a desculpa mais provável.

O atual governador da Bahia conhece muito bem essa prática e nesse jogo de xadrez com o objetivo único e preponderante de continuar no poder, sempre foi muito provável que descartar seria mais logico que integrar. Tudo por um bem individual e egoísta que se justifica sem se explicar.

Porem tudo na vida tem suas inexoráveis consequências e em futuro muito próximo todos saberão se foi estratégia de campanha ou um fragoroso “tiro no pé”. Basta continuar vivo, para ver o que acontecerá.

Guto de Paula

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