(Capítulo 04 Episódio 5) – AS ORIGENS DA FASB Tudo porque esse casal de hipócritas (Oziel e Jusmari), pretendiam sim a prioridade para a implantação da UFOB. Hoje um surpreendente e monumental reduto de esquerdistas e futuros analfabetos funcionais. Na realidade poderiam abraçar as duas causas, mas sabedores que em só uma delas teriam controle, o curso de Medina da FASB foi afogado por longos quatro anos. Essa contribuição tem o aval dessa dupla. O povo de Barreiras possivelmente desconhece esse fato, pois a veneração por esses falsos heróis ainda persiste. O mesmo aconteceu com a tentativa de construir o Hospital Universitário que foi barrado por muitas vezes em Salvador pelo órgão de defesa sanitária e suas exigências cada vez mais esdrúxulas. Não houve em momento nenhum a observação do quanto a Saúde em Barreiras é deficitária. Esse hospital seria a redenção de muitas situações constrangedoras. Mas qual o que, o que vale é respeitar a burra burrocracia e esquecer as soluções. Principalmente se partem da iniciativa privada e não são do interesse do Estado. Não de recordo se esse casal participou ativamente desse processo e desconheço os nomes de políticos que estavam colocando o pé no suspiro e afogando o projeto. Mas que houve influencia politiqueira, não tenho dúvidas. Trabalhei na FASB como uma espécie de Relações Públicas, com o título de Relações Institucionais por oito anos. Em nenhum momento desses longos oito anos, a faculdade parou de crescer no que tange a sua infraestrutura. Dezenas de laboratórios já existiam e acompanhei passo a passo essa evolução. A faculdade FASB passou a ser UNIFASB, quando conseguiu atuar com a liberdade de uma universidade e desvencilhar-se das interferências do MEC em inúmeros novos cursos. Já estava afastado da instituição quando essa conquista aconteceu. Ao completar 20 anos de atuação, recebi a triste notícia que fora vendida para um grupo de empresários de Recife. E literalmente tudo mudou radicalmente. Os pernambucanos demitiram 99 por cento dos funcionários e professores e estabeleceram novas regras de conduta. Meu interesse em perguntar ao Antônio Honorato Bergamo, como surgiu a ideia de construir uma faculdade, se deve ao fato de ter acompanhado esse processo por oito anos e de admitir que tenho muito orgulho de ter contribuído com uma mínima parcela desse maravilhoso projeto. Nos dias atuais, sob a égide de empresários pernambucanos, que mudaram por completo os conceitos originais, tomei a decisão de contar essa história desde o princípio, para que a ação do tempo não a apague. Para que os barreirenses tomem conhecimento de suas verdadeiras origens. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 04 Episódio 4) – AS ORIGENS DA FASB Ao recordar desses fatos começo a refletir o quanto a inoperância política consegue produzir tantas barreiras para o desenvolvimento de uma obra de interesse da iniciativa privada. Isso sem ressaltar que o empresário muitas vezes só consegue ultrapassar esses obstáculos se submetendo as exigências particulares dos políticos profissionais. A aprovação de novos cursos se deparava com as decisões do MEC que sempre oscilavam para questões políticas e ideológicas. Naquela época pouco evidentes, hoje em dia completamente obvias. Descaradamente favoráveis a um sistema que despreza as questões familiares e impõe a ideologia de gênero sem o mínimo constrangimento. Seguramente essa proposta maligna tem o único objetivo de destruição que necessita dividir o país pela raça, pela ideologia, por preferencias sexuais e por questões religiosas. Em sumo, enfraquecer os valores culturais e impor uma nova ordem de valores imposta unicamente pelo poder vigente. Isso era ministrado regularmente em universidades públicas e agora pretende se estender desde as Séries Iniciais. Como é lógico, público e notório, em faculdades particulares essa questão ideológica não tem a força pretendida, mesmo que professores ministrem aulas em ambas as estruturas. Se esforçam para tanto, mas se deparam com administradores que rejeitam esses ideais e dificilmente se deixam corromper. Criar dificuldades como as enfrentadas pelos idealizadores da FASB, era por assim dizer, coisa comum e corriqueira. Nada que não estivesse submissa aos interesses do Estado poderia acontecer com desenvoltura e agilidade. Os políticos retrógrados se incumbiam com unhas e dentes para dificultar qualquer iniciativa educacional que partisse da iniciativa privada. Para aprovar um curso no MEC era inicialmente com incentivo de um político de direita, mas quando a documentação chegava no ministério da cultura, tudo tinha que ser aprovado pela esquerda. Nos dias de hoje tenho uma visão muito clara que não se tratava de direita ou esquerda, mas apenas de interesses particulares desses políticos. Um exemplo bem claro é da própria deputada Jusmari Terezinha que já foi inicialmente de direita por ser uma criação de ACM e hoje é de esquerda por pura conveniência política. Essa deputada travou por quase meia década o projeto do Curso de Medicina a ponto de pedir ao seu próprio esposo, deputado federal Oziel, intercedesse com o ministro da educação Haddad, para não assinar o projeto de implantação. O ministro que ainda não tinha o apelido de poste, tomou a inciativa de prejudicar mais ainda o andamento do processo e autorizar nova sindicância ao projeto do pretendido do Curso de Medicina para a FASB. Isso redundou em um atraso de mais 4 longos anos. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 04 Episódio 3) – AS ORIGENS DA FASB Carbonari disse que o projeto realmente existia e que o proprietário da faculdade UNIANA em Barreiras demonstrava certo interesse. No entanto não haviam formalizado oficialmente essa possível associação. Disse então que tinha interesse em tocar esse projeto, caso ele decidisse me vender. Ele então pediu uma semana para decidir, pois iria entrar em contado com o proprietário da UNIANA para formalizar essa possibilidade e comunicar meu interesse da aquisição. Fato esse que após uma semana, em nova reunião Carbonari afirmou que não havia interesse da UNIANA nesse projeto e que ele estava liberado para negociar comigo. Após uma hora aproximada de negociação, fechamos o negócio. Foi então que entrei em contato com o dito Juiz de Direito Jorge Washington e disse a ele que possivelmente poderíamos ser sócios, mas que não esquecesse de trazer a talão de cheques ou a grana para pagar a conta. Ele ficou possesso, mesmo porque disse a ele que o projeto em seu nome era de desconhecimento completo do MEC. Partiu para a chantagem, mas nada fez efeito. Como não apareceu para associação, após isso, paguei Carbonari e o projeto FASB teve início…” Digno de nota é esclarecer que esse cidadão de Araçatuba, não era juiz, nem mesmo advogado. Tinha sim, um irmão que exercia essa profissão, apenas isso. Antônio Bergamo relata que a contou com a participação de seu irmão Pedro de Bosco Pavão para resolver as questões pedagógicas e que Luiz Carlos Neile, ficou com as administrativas e financeiras. Incialmente a faculdade FASB funcionou no antigo Shopping Center Rio de Ondas, e devido seu proprietário não aceitar as condições de ampliação e adaptação do prédio para as necessidades da instituição, se fez necessário buscar outro local. Pelo fato de estar presente desde os primeiros dias em que a Faculdade começou a ser organizada, não deixei de escutar mesmo que de relance, algumas situações. Soube que houve uma tentativa de negociação com o empresário e pecuarista Antônio Balbino de construir em uma área da antiga usina elétrica. Soube também que o então prefeito de Barreiras, Antônio Henrique, não aprovou nem autorizou esse local. Possivelmente por suas desavenças políticas e pessoais com o pai de Balbino o ex-deputado Ney Ferreira. Situação acompanhada em prosa e verso na programação política da RB 790, da qual fui nomeado como chefe de jornalismo. Com essa imposição o local permitido foi no bairro Boa Sorte, área da CODEVASF e considerado como área rural. Nesse momento as negociações com o Governo Federal foram intensas. Uma quantidade enorme de tramitação de documentos entre as partes, pois nesse país a burocracia costuma não entender o benefício social e educacional da implantação de uma faculdade tem capacidade de produzir. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 04 Episódio 2) – AS ORIGENS DA FASB Antônio conta que passados aproximadamente duas horas o gerente retornou com a seguinte informação: não havia na Comarca de Araçatuba nenhum juiz com esse nome, todavia, um advogado que atuava como vendedor de remédios oriundos de Paraguai se apresentava como Jorge Washinton e por sinal informaram que estava com paradeiro desconhecido. Antônio continuou com seu relato: “… Luiz Carlos relatou-me que esse falso juiz havia participado de algumas entrevistas, opinando sobre questões de cunho jurídico, na própria TV Oeste e que mantinha contato com a comerciante Sulamita, pessoa conhecidíssima na cidade. O interessante é que Luiz não acreditou quando disse a ele que o mesmo não era juiz e para esclarecer essa dúvida foi à Araçatuba e conversar com a mãe desse advogado e inteirar-se do assunto. Mesmo sabendo da falsa identidade do mesmo, Luiz manteve contado com esse cidadão que por inúmeros meses insistiu teimosamente que eu tinha que ser sócio desse empreendimento. A insistência foi tanta que resolvi falar com esse cidadão por via telefônica e expliquei a ele que morava em São Paulo, que Barreiras era muito longe e que não demonstrava nenhum interesse de investir nessa cidade na área de educação. Alguns meses mais tarde, devido a mesma insistência, concordei em encontra-me com ele em um restaurante em São Paulo. A reunião, se me recordo bem, teve também a presença de um advogado de Araçatuba, de nome Walter. Jorge então comentou que Horita, Busato e Juliani estavam com interesse no projeto, mas que a peça fundamental, seria minha associação. Foi então que perdi a paciência e como se diz, “rasguei o verbo”. Aceitaria a proposta se detivesse 90 por cento da negociação, com total controle sobre o próprio caixa. Como era de se esperar não aceitou a proposta e dos despedimos. E seguimos nosso caminho. Todavia através de Luiz Carlos Neile, ele continuava insistindo para que fosse seu sócio. Ao avaliar o possível potencial desse projeto, solicitei ao meu irmão Pedro Bergamo, que atuava como professor universitário em Brasília que procurasse no MEC, se existia realmente o protocolo desse projeto e sua concessão para Barreiras. Pedro posteriormente me informou que nesse nome não havia nada, mas que, no entanto, havia a possibilidade de uma concessão em nome de Antônio Carbonari Neto que nos anos seguintes montou a rede Anhanguera e que era proprietário de uma faculdade em Valinhos-SP, por sinal a cidade em que eu residia. Procurei entrar em contato com Carbonari e coincidentemente uma amiga minha que conhecia a filha de Carbonari, conseguiu esse seu número. Através desse canal, consegui reunir-me com o mesmo e saber a situação do projeto e se realmente pretendia se desfazer do mesmo. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 04 Episódio 1) – AS ORIGENS DA FASB As ações que separam a pratica da política com as da politicagem, são basicamente similares. Enquanto a boa política gera ações comunitárias com amplitude satisfatória para beneficiar uma grande maioria, a politicagem produz apenas benefícios para um reduzido número de interessados. Muito embora os efeitos futuros culminem em atingir a todos, são sempre manipulados por interesses escusos ou gerados pela imbecilidade de alguma suposta ideologia. Talvez a força dominadora de falsos heróis políticos que se valeram da ignorância popular. Seja por isso que o hospital universitário que a FASB – Faculdade São Francisco de Barreiras tentou implantar, por quase uma década, sofreu todos os impedimentos possíveis e inimagináveis, que se tem notícia. Claro que por parte de um reduzido grupo de politiqueiros, com o firme propósito de que essa obra teria que ser edificada primeiro pelo governo e jamais pela iniciativa privada, onde a manipulação política seria praticamente improvável. Uma obra dessa envergadura social, sem controle da politicagem local seria um desastre para os interesses desse grupo de farsantes. Para eles a inciativa teria que partir obrigatoriamente do Estado. Naturalmente devido as mesmas razões óbvias que norteiam suas ações torpes e seus interesses pessoais. Foi assim que ao entrevistar o empresário Antônio Honorato Bergamo sobre esse assunto, busquei saciar minha curiosidade pessoal e levar até os leitores o princípio de toda essa história. Aproveitando a oportunidade de tomar conhecimento do desafio empreendedor que produziu essa revolução do conhecimento social em Barreiras e se estendeu por todos os municípios vizinhos. Ele relatou passo a passo como tudo começou: “… meu contato em Barreiras estava ao encargo de Luiz Carlos Neile, pelo qual mantínhamos contatos frequentes sobre meus interesses comerciais na cidade. Recordo que Neile tinha por hábito se hospedar-se no Hotel Palmeiras onde em conversas com um cidadão de nome Jorge Washington, o mesmo revelou seu interesse em montar uma faculdade de direito. Tinha esse firme propósito e afirmava já haver protocolado no MEC, esse projeto educacional para Barreiras. Estava em busca de um sócio para o tal projeto, mas desconheço as razões pelas quais me procurou e insistiu firmemente pra que me aceitasse essa sociedade. Esse cidadão se apresentava como Juiz Direito e atuava em Araçatuba – SP. Ao suspeitar do mesmo e por coincidência manter um conjunto de beneficiamento de algodão na cidade, pedi ao meu gerente que fosse ao Fórum e procurasse informações sobre esse juiz”. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 03 Episódio 12) – VEREADORES E O ALMEJADO CABIDE DE EMPREGO Conhecendo um pouco das atitudes de Carmélia, posso imaginar sua tremenda decepção e quanto se sentiu impotente diante desse fato deprimente e constrangedor. Acredito até que situações como essa onde a miséria e a condição de penúria da comunidade de baixa renda se submete, levaram a jovem diretora a sua condição atual. Com muita determinação e defrontando-se com algumas derrotas, Carmélia ocupa pela segunda vez uma cadeira na Câmara de Vereadores. Se for considerada sua condição financeira, não necessitava desse cargo, vivia tranquilamente com suas posses e seu salário de professora. Porem, seu espírito guerreiro e suas atitudes firmes, falaram mais alto. Em seu primeiro mandato se tornou um calo dolorido para os pés do prefeito Antônio Henrique, por sua insistente oposição ao seu governo. Como nada pareceu ser pessoal, hoje podem até consideram-se amigos. Se respeitam e se consideram, enfim a política tem dessas coisas. O que de fato posso recordar e considerar é que a política esteve presente e atuante na vida dessa moça, desde quando se tornou funcionária da UNEB. Fez campanha acirrada nas eleições para a Reitoria e ajudou a eleger todos os candidatos que apoiou. Professor Doutor Bosco Pavão, foi um deles. Possivelmente, depois de participar dessas companhas vitoriosas, chegou o momento de tratar definitivamente da sua própria. Traçou sua estratégia e ao ocupar o cargo de presidente do sindicato dos servidores públicos, tornou-se apenas uma questão de tempo para chegar à vereança. Amealhou porem algumas derrotas, mas chegou e deve pretender ir ainda mais longe. Muitas vezes atabalhoada, confusa e mal interpretada, mas sempre legalista e pronta para ir de encontro a qualquer ação que considere como ilegalidade. Não se intimida como o poder de qualquer gestor que ocupe um cargo. Não coaduno com sua ideologia, nem sei se ela existe ou acontece pela conveniência que todo político em busca de poder necessita se submeter, nesse país permeado de corrupções. Gosto dela com pessoa e sei que isso é recíproco. Se tomei a liberdade de relatar esses fatos interessantes e desconhecidos da população de um modo geral é que na condição de crítico, jornalista livre dos grilhões do poder estabelecido, estou me propondo a escrever a estória dessa cidade que tanto aprendei a amar. Meu foco se prende a essas personalidades, muitas vezes hilárias, folclóricas ou apenas interessantes que interferem na sociedade e cujas estórias não devem ser apagadas pelo tempo. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 03 Episódio 11) – VEREADORES E O ALMEJADO CABIDE DE EMPREGO … em um novo projeto que qualquer outro educador ou mesmo um cidadão de bons costumes não excitaria em interferir. Dessa vez, ninguém precisou me contar, pois acompanhei o desenrolar da situação, praticamente em todos os seus momentos mais significativos. O espirito observador de Carmélia foi ativado logo que observou que no final da tarde, quando o expediente colegial terminava, algumas caminhonetes se posicionavam estacionadas ao longo do muro do colégio. Aparentemente, muito natural, pois possivelmente tratava-se de pais de alunos esperando o termino das aulas. Todavia, a perspicácia da diretora, sempre atenta ao comportamento dos estudantes, considerou que alguma coisa estava errada. O colégio era público e a grande maioria de estudantes provinha de famílias humildes que dificilmente teriam condições de possuírem carros luxuosos. Porque seria, que esses veículos em toda final de tarde se posicionavam nesse local? Passou então a acompanhar o comportamento de algumas jovens alunas ao deixarem o colégio e observar mais atentamente de que forma se dirigiam para suas residências. Observou que algumas delas, principalmente as mais simpáticas e bonitas, embarcavam em veículos diferentes em determinados dias. Era evidente que estavam sendo assediadas por pedófilos que diariamente se valiam da inocência dessas jovens e possivelmente as iludiam com suas condições financeiras, oferecendo-lhes carona em veículos luxuosos. Era um caso que pela lógica e pela razão deveria ser investigado ou denunciado as autoridades policiais, mas a diretora foi ainda mais adiante. Seguiu uma das garotas que havia aceitado carona até determinado destino. Abordou o casal. Não me recordo na época ou não tomei conhecimento, se antes ou após do fato ser consumado. O fato é que conduziu a jovem até sua residência e relatou o grave acontecimento aos seus pais. Para sua surpresa e completo constrangimento ouviu da mãe da garota o inesperado: – Moça! Somos pobres e moramos nesse barraco e é ela que traz o dinheiro que alimenta nossa família! (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 03 Episódio 10) – VEREADORES E O ALMEJADO CABIDE DE EMPREGO Mesmo porque, no entender de muita gente, de médico e de louco, todos temos um pouco. No caso de Carmélia, acredito que tinha além de tudo, uma tendencia para a Psicologia. E foi aplicar seus conhecimentos na recuperação do irrecuperável. Não tenho dúvidas que acreditava estar fazendo algo muito bom. Afinal seu instinto natural e pelo fato de ser mãe e ter consciência de quanto na época essa tendencia para o homossexualismo levaria esse jovem aluno para enormes constrangimentos futuros, ela debruçou-se nessa insana recuperação. É necessário observar-se que naquela época isso, como se dizia, era muito feio. Hoje é um símbolo de libertação e evoluiu de forma surpreendente na aceitação pública. São inúmeros os adjetivos que rotulam esse comportamento. O que na época era considerado como um reles “fresco” ou “veado” evoluiu para adjetivos de incrível conotação artística. Já organizam movimentos públicos, interferem na política e por incrível que possa parecer, são os héteros que se sentem constrangidos. Porém, tudo era muito diferente dos dias atuais e Carmélia com seu natural conceito de legalidade, se propôs a consertar o que a Psicologia, a Medicina e a Tecnologia de ponta, até então, não conseguiram modificar. Pessoalmente não presenciei nenhuma dessas entrevistas entre o dito cujo e a diretora Carmélia, pois provinham da fofoca natural que permeava o colégio. Todavia, por conhecer um pouco do comportamento legalista da diretora, provavelmente aconteceram. Essa terapia, segundo os mesmos fofoqueiros da época resultou em quase tragédia. O paciente, possivelmente envolvido em conflito e confusão mental, proveniente ou não, das considerações e conselhos explicitados na suposta entrevista, optou pelo suicídio. Por influência Divina ou por qualquer outra interferência, não conseguiu levar a termo sua desesperada proposta. O tempo passou. Hoje já é um adulto, praticamente próximo da meia idade. Não foi “abençoado” pela cura, mas acredito que vive muito feliz e com as mesmas preferencias sexuais. Minha querida amiga Carmélia, não havia considerado que água de morro a baixo e fogo de morro a cima, ninguém consegue bloquear. Mas ela ainda insistiu… (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 03 Episódio 9) – VEREADORES E O ALMEJADO CABIDE DE EMPREGO … dois anos foram muito positivos. Seja porque, os amigos incompetentes foram exonerados e a prefeitura passou a ser gerida como uma empresa. Coisa que nos tempos áureos de Baltazarino seria inconcebível. Foram implantadas secretarias e o poder de decisão foi distribuído entre elas. Essa descentralização de poder foi algo inédito e muito importante para uma visão moderna de como deve funcionar um órgão público como uma prefeitura. Os salários dos servidores foram regiamente pagos em dia e o mesmo aconteceu com os fornecedores. Um concurso público foi instaurado e fui contemplado com um cargo ao alcançar o 26º lugar nessa disputa. Fui destacado para o Colégio Eurides Santana edificado em cima do antigo campo de aviação de Barreirinhas, no cargo de técnico em informática. A direção do colégio estava a cargo de Carmélia da Mata, que com pulso firme administrava a instituição. A personalidade forte de Carmélia produziu algumas desavenças em nosso relacionamento, mas ela tinha um firme propósito de consertar determinadas coisas que já estavam fora de controle na época e hoje em dia, ficaram ainda piores e cada vez mais incontroláveis. Em alguns episódios tentei aconselha-la que seu esforço de legalidade era inútil, pois a sociedade já estava corrompida e seu esforço era simplesmente impossível e de certa forma muito temerário. Mas a afoita Carmélia não se deixava convencer e em uma dessas ocasiões, colocou na cabeça que precisava consertar o que entendia como inaceitável. Acredito que não era uma questão e homofobia propriamente dita, mas sim uma forma ainda precária de entender as diversidades comportamentais humanas. Mesmo porque Carmélia era uma justiceira de muito bom coração, embora radical ao extremo quando encasquetava com alguma coisa. Não mudou nada nos dias de hoje. Seu alvo nesse momento recaia sobre dois alunos gêmeos com visível tendência para o homossexualismo. O que na linguagem chula chamaríamos de “duas bichinhas”. Carmélia ocupou-se de uma dessas duas personagens na tentativa insana de mudar sua personalidade. E deu merda … (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação
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(Capítulo 03 Episódio 8) – VEREADORES E O ALMEJADO CABIDE DE EMPREGO … o processo que permite o acesso ao poder, começa na intenção de ocupar uma cadeira no Legislativo Municipal. São raros os prefeitos que alcançaram o cargo, sem antes ocuparem um espaço no legislativo. Como toda regra tem suas exceções, alguns médicos chegam algumas vezes a esse almejado posto e abandonam momentaneamente seus consultórios e descobrirem que através do poder concedido pelo voto, podiam esquecer seus ideais políticos e se transformarem em fazendeiros de considerável sucesso. Em Barreiras, um renomado cirurgião foi escolhido por seu grupo de amigos para ocupar esse cargo, com a proposta desbancar o poder de um prefeito correligionário de ACM, que por mandatos seguidos sustentava-se no absoluto domínio da região. Eram tempos difíceis, onde qualquer ameaça de um possível levante contrário era duramente massacrada pelo folclórico Antônio Carlos Magalhaes. A cidade de Barra do Rio Grande, notoriamente contrária a política de “Toinho Malvadeza”, foi duramente punida ao se tornar opositora ao seu governo. ACM retirou todos os órgãos públicos estaduais, inclusive o banco do Estado e deixou para os munícipes apenas a SUCAM. A rodovia que dava acesso a cidade, já era difícil e ficou intransitável. Isolamento total, porque naquela cidade que era considerada o berço da cultura por dispor do famoso Colégio Salesiano, os eleitores pensavam, refletiam e criticavam os desmandos da época. Literalmente ficaram “às moscas”, por todo seu mandato. Muitas das excelentes celebridades de Barreiras, que chegaram até Brasília, foram influenciadas pelos ensinamentos do Colégio Salesiano de Barra do Rio Grande. Era por assim dizer o berço cultural da época. Mas vamos ao doutor prefeito que através de seus amigos se opuseram a esse poder dominante de “Toinho Malvadeza”. Pois a campanha foi de casa em casa e o fato de Doutor Saulo ser um exímio cirurgião e uma figura respeitadíssima, contribuiu sobremaneira para seu sucesso. Começava então uma nova era. Mas como nada é perfeito, adveio posteriormente a instalação de uma nova oligarquia composta por parentes e amigos próximos. Esses amigos que com muita determinação e esforço conseguiram mudar o rumo da história, foram colocados em cargos importantes da prefeitura. Alguns muito ativos e competentes como era o caso do secretário Jorge Lemansk e do advogado Aurélio Miguel, outros nem tanto, pois sua avidez pelo poder nãos lhes permitia discernir como fazer a política ser produtiva. Contudo os primeiros… (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação