Em 2020 cinco mulheres ocuparam as cadeiras da Câmara Legislativa de Barreiras, onde foi registrado que uma delas foi a mais votada. Em 2024, mesmo sendo a segunda a mais votada, a quantidade de mulheres aumentou significativamente. Para a próxima gestão sete mulheres estarão atuando no legislativo barreirense.
O desiquilíbrio quanto ao numero de homens e mulheres, ainda permanece, mas já se observa que está em queda. No entanto a pretensa renovação continua praticamente inalterada, pois dez dos vereadores que se candidataram a reeleição, conseguiram sucesso e apenas cinco dos candidatos novos ocuparam as vagas restantes.
A persistência de alguns candidatos vitoriosos, também foi significativa. Alguns pela segunda vez e outros por inúmeras outras vezes. Outro ponto interessante foi a derrota de candidatos históricos, alguns com mais de sete mandatos. Esses fatores se devem principalmente ao numero muito elevado de votos que a atual eleição determinou, pois em 2020, quem conseguia mil votos já podia se considerar eleito. Esse número chegou à casa de dois mil votos em 2024, significando que para a futura eleição prevista para daqui a quatro anos, mil e quinhentos votos não irão representar vitória se o partido for inexpressivo e incapaz de eleger seu candidato.
Enfim, a Câmara foi composta pela “maioria” da preferencia popular. Isso escrito entre aspas, pois candidatos com numero inferior de votos tiveram sucesso pelo desempenho de seu partido e não pela maioria da preferência popular. Se o sistema não fosse tão injusto, a Casa seria composta por vereadores que atingiram um número superior de votos.
Se considerarmos que a eleição para vereador é percentualmente mais difícil do que para prefeito, já que a disputa está entre trezentos candidatos e a outra entre apenas quatro, esses dois pesos e duas medidas que elegem o prefeito, mas dificulta a campanha do vereador deveria ser revista. Ou seja, ambos poderiam ser eleitos pela maioria de votos conquistados, não pela alavanca partidária, que tira a oportunidade do eleitor de votar no preferido e elege candidatos com números inexpressivos de votos.
Guto de Paula