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CHUVAS TORRENCIAIS

Como já diziam os antigos: fogo de morro a cima e água de morro a baixo são incontroláveis. Barreiras sofre hoje a fragilidade de uma infraestrutura que até então foi desconsiderada. A consequência recaiu sobre alguns setores da cidade que historicamente foram sempre críticos.
Difícil imaginar que na terra do Sol pessoas fossem desabrigadas por excesso de chuvas e mais uma vez os antigos detém a razão que com a Natureza não se brinca.
Aqui duas coisas foram desconsideradas, a primeira é a força com que as aguas que descem os morros em torno na cidade tomaram mais velocidade com auxilio das ruas pavimentadas. A segunda é a enchente do Rio Grande depois de assoreado pela construção de uma ridícula Baia de Guanabara.
Mas enfim, apesar dos pesares estamos infinitamente melhores que as cidades alagadas do litoral baiano. No entanto é preciso considerar que tudo ou boa parte disso tudo fosse amenizado com a construção de um canal ao pé do morro que contivesse as águas em situações atípicas como essa.
Todavia, como acontece com esse vigor de dez em dez anos, ou em períodos ainda mais esparsos, outras prioridades são consideradas. Essa obra que poderia circundar os morros em volta da cidade é extremamente cara, dificilmente será construída por uma única gestão.
Digno de nota é considerar que a cidade cresceu muito em poucos anos. Na verdade inchou muito e foi se estendendo sem uma infraestrutura planejada. A medida que cresce, aumentam os problemas.
Mesmo tendo a frente das ações um engenheiro civil que transformou a cidade e conseguiu pavimentar os locais mais improváveis, também realizou obras de drenagem que se não tivesse sido realizadas, as consequências das chuvas torrenciais de hoje seriam infinitamente piores. Temos que considerar que nessa gestão medidas foram tomadas, porem ainda insuficientes para conter a força da Natureza em sua totalidade, em momentos como esse.
Nosso ano típico se estabelece praticamente com seis meses de prováveis dias de Sol e outros seis meses de prováveis dias de chuva. Quando um desses fatores resolve mostrar sua força, sofremos com as consequências.
Tudo em excesso é sempre prejudicial. Seja na Natureza, nas questões sociais, na politica e até em situações individuais. Vamos então torcer, para o retorno do equilíbrio e pensar que depois da tempestade sempre haverá de acontecer a bonança. O homem pode ser forte, mas a Natureza é poderosa.
Guto de Paula

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