(Capítulo 04 Episódio 2) – AS ORIGENS DA FASB Antônio conta que passados aproximadamente duas horas o gerente retornou com a seguinte informação: não havia na Comarca de Araçatuba nenhum juiz com esse nome, todavia, um advogado que atuava como vendedor de remédios oriundos de Paraguai se apresentava como Jorge Washinton e por sinal informaram que estava com paradeiro desconhecido. Antônio continuou com seu relato: “… Luiz Carlos relatou-me que esse falso juiz havia participado de algumas entrevistas, opinando sobre questões de cunho jurídico, na própria TV Oeste e que mantinha contato com a comerciante Sulamita, pessoa conhecidíssima na cidade. O interessante é que Luiz não acreditou quando disse a ele que o mesmo não era juiz e para esclarecer essa dúvida foi à Araçatuba e conversar com a mãe desse advogado e inteirar-se do assunto. Mesmo sabendo da falsa identidade do mesmo, Luiz manteve contado com esse cidadão que por inúmeros meses insistiu teimosamente que eu tinha que ser sócio desse empreendimento. A insistência foi tanta que resolvi falar com esse cidadão por via telefônica e expliquei a ele que morava em São Paulo, que Barreiras era muito longe e que não demonstrava nenhum interesse de investir nessa cidade na área de educação. Alguns meses mais tarde, devido a mesma insistência, concordei em encontra-me com ele em um restaurante em São Paulo. A reunião, se me recordo bem, teve também a presença de um advogado de Araçatuba, de nome Walter. Jorge então comentou que Horita, Busato e Juliani estavam com interesse no projeto, mas que a peça fundamental, seria minha associação. Foi então que perdi a paciência e como se diz, “rasguei o verbo”. Aceitaria a proposta se detivesse 90 por cento da negociação, com total controle sobre o próprio caixa. Como era de se esperar não aceitou a proposta e dos despedimos. E seguimos nosso caminho. Todavia através de Luiz Carlos Neile, ele continuava insistindo para que fosse seu sócio. Ao avaliar o possível potencial desse projeto, solicitei ao meu irmão Pedro Bergamo, que atuava como professor universitário em Brasília que procurasse no MEC, se existia realmente o protocolo desse projeto e sua concessão para Barreiras. Pedro posteriormente me informou que nesse nome não havia nada, mas que, no entanto, havia a possibilidade de uma concessão em nome de Antônio Carbonari Neto que nos anos seguintes montou a rede Anhanguera e que era proprietário de uma faculdade em Valinhos-SP, por sinal a cidade em que eu residia. Procurei entrar em contato com Carbonari e coincidentemente uma amiga minha que conhecia a filha de Carbonari, conseguiu esse seu número. Através desse canal, consegui reunir-me com o mesmo e saber a situação do projeto e se realmente pretendia se desfazer do mesmo. (continua no próximo episódio) Guto de Paula Redator da Central São Francisco de Comunicação